The Sá entrevista:
YAGO ELOY LANÇARÁ SEU PRIMEIRO LIVRO PARA O PÚBLICO INFANTIL
Yago Eloy, que além de compositor, atua como intérprete solo, vocalista da banda Jardim de Alah e agora estreia como escritor, com o seu livro “Por onde anda meu pai?” que contou com muita dedicação e carinho desde os textos, ilustrações, edição.
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“Como escritor eu tô me aventurando na Literatura Infantil, que é um campo que eu venho amadurecendo, essa vontade de escrever, de publicar, né? Esse texto que eu escrevi há três anos atrás que resultou agora nesse livro, então é um livro infantil principalmente para primeira e segunda infância”
A inspiração para o livro veio a partir de pesquisas para seu mestrado, sobre livros infantis que houvessem a presença paterna de personagens negros, após se deparar com número ínfimo desses livros, como ele mesmo diz.
“Quando eu fiz no meu mestrado, onde eu pesquisei livros infantis que houvesse presença paterna de homens negros cuidando de crianças, seja como pai, como tio, como avô, então essa foi a minha pesquisa e aí eu vi que o número de livro é muito ínfimo e resolvi fazer o meu como contribuição para essa campo, que é um campo que vem crescendo, sendo cada vez mais discutido e debatido na sociedade,"
Mas seu primeiro contato com a arte foi a música, Yago Eloy como compositor começou bem novo. Sua primeira composição foi “Amanhecer”, escrita em 2013 quando tinha apenas 19 anos, sendo lançada na interpretação da banda Plataforma 7 e conta com mais de 30 mil visualizações.
“A música é um reggae, tava muito influenciado por reggae na época e a banda plataforma 7 gravou essa música em 2017, lançou clipe no YouTube, um lyric vídeo, essa música bateu mais de 30 mil visualizações na época. Então foi uma música que repercutiu bastante, foi uma das músicas que eu escrevi e que eu acreditei muito também, como algo que pudesse atingir outras pessoas, é uma música que eu gosto bastante, eu gosto de tocar nos eventos que eu vou fazer voz e violão”.
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Como compositor, Yago já compôs músicas de estilos e segmentos diferentes. “Me Balança”, interpretada pela Nay Duarte é um exemplo. A música faz parte do selo The Sá Música e foi escrita em 2020 durante a pandemia e é uma canção muito especial para ele, já que foi naquele momento difícil de isolamento que ele achou na música, a alternativa de se expressar.
“Eu queria fazer algo que fosse uma canção para alguém do gênero feminino, sem que fosse algo clichê, sem que fosse algo pejorativo ou que soasse de alguma forma ideologizado demais, sabe? Algo romântico demais. Então é uma música que fala de cotidiano, de uma relação de uma pessoa que olha uma menina que desce na rua e se apaixona por ela, só de olhar.”
A música era originalmente contada na perspectiva de um homem se apaixonando por alguém do gênero feminino, mas acabou sendo adaptada quando Nay Duarte interpretou.
“E aí a Nay gostou da música, né? A gente só trocou o gênero, ela canta para um menino, a composição originalmente foi feita como se fosse eu cantando para uma menina, né? Mas aí quando ela decidiu gravar ela gostou muito, e aí a gente fez essa mudança e a música deu muito certo. A música também tem clipe, a Nay sempre toca no show que ela faz, nos blocos, todo lugar que ela vai, ela leva a música junto com ela."
Porém, antes da pandemia suas composições eram segmentadas para a música gospel, para o público católico, a canção “Aparecida” interpretada por Walace Souza, Bruno Camurati, Aline Venturi é uma delas.
“É uma música que todo dia 12 de outubro toca nas rádios em vários lugares do Brasil, que é o dia de Nossa Senhora Aparecida e essa música fala sobre a história de Nossa Senhora, padroeira do Brasil, algo bem regional. Mas eu fui mudando essa vertente, essa pegada, né? Fui colocando na minha perspectiva de compositor coisas que refletissem mais sobre relacionamento, afetos.”
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E a música que representou a virada de chave nas suas composições foi “Avelã”. Uma canção que fala sobre afeto, sentimento, que vai do reggae ao pop. Yago tem muito apego ao single, diz que é seu xodó:
"Avelã é uma dessas composições do ano de 2020, ano que eu fiz muita música. A pandemia mais uma vez proporcionou isso, de ficar em casa e pegar o violão ali, tentar expressar coisas que eu vinha sentindo. Avelã vem desse momento e é uma consequência de uma mudança, né? De perspectiva de composição que eu tava vivendo na época. [...] Fui colocando na minha perspectiva de compositor coisas que refletissem mais sobre relacionamento, afetos. [...] É uma das primeiras que eu compus nessa levada e que eu gosto bastante de ouvir, também tá nas plataformas digitais, no YouTube, tem vídeo da banda Jardim de Alah tocando essa música ao vivo e para mim é meu xodózinho que eu adoro.” .
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